Seja bem-vindo ao Movimento Escoteiro e ao Ramo Pioneiro!

Especialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento de jovens de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 18 e 21 anos incompletos, o programa educativo aplicado ao Ramo Pioneiro concentra sua ênfase no processo de integração do jovem à sociedade, privilegiando sobretudo o serviço à comunidade como expressão da cidadania, e auxiliando o jovem a pôr em prática os valores da Promessa e da Lei Escoteiras no mundo mais amplo em que passa a viver. O Pioneirismo é uma fraternidade de ar livre e de serviço ao próximo, para jovens adultos, que visa as seguintes finalidades: 

a) manter unidos os amigos fraternos que foram educados em caráter e cidadania pelo Movimento Escoteiro, e receber os jovens que queiram se unir aos ideais escoteiros dessa fraternidade; 

b) constituir um centro de interesse, de realizações, de mútua ajuda e de serviço comunitário, que beneficie cada jovem individualmente, proporcionando-lhe um ambiente de convivência sadio, atividades informais, conhecimentos e informações variadas e programas formais de progressão; 

c) promover atividades de campismo, excursionismo e ecológicas, visitas a lugares de interesse, comparecimento a espetáculos culturais e participação em atividades sociais, sempre direcionando para os objetivos educativos do Escotismo; e

d) estimular cada jovem a desenvolver todas as suas potencialidades físicas, intelectuais, afetivas e sociais, evoluir em espiritualidade e aprimoramento do caráter, e atingir a maturidade como cidadão feliz e empreendedor, que é meta do Pioneirismo.

O Fundador do Escotismo, Robert Baden-Powell, carinhosamente chamado, de B-P, utilizou a palavra “escoteiro” porque ela significava, de maneira genérica, explorador, montanhista, mateiro, guia, navegante, missionário, descobridor, pesquisador e todo aquele que “vai à frente”, para descobrir caminhos por onde poderiam seguir os demais. Quando B-P criou o ramo para os jovens de 18 a 21 anos incompletos, escolheu o termo “rover”. Ao procurar a palavra em um dicionário do idioma Inglês, existem:

Rover: pirata, corsário, barco pirata, errante.

Roving: ambulante, vagante.

Rov: vagar, errar, voltas.

Com isso, tal termo não convidava os jovens a iniciar uma viagem imaginária, mas sim uma viagem real pelos caminhos da vida, descobrir outras realidades e nesse processo ir delineando um projeto para sua vida.

A denominação do Ramo nos Escoteiros do Brasil é “Pioneiro”, e tem o mesmo espírito do nome original criado por B-P, os “rovers”. 

O pioneiro e a pioneira: 

  • encontra formas e caminhos que vão para a frente, abrindo trilhas para que outros possam seguir; 
  • viaja pelo mundo para conhecer e transformá-lo, e nesse processo se transforma; 
  • pratica o serviço aos outros como uma forma de construir um mundo melhor; 
  • aprecia a vida ao ar livre, protege o meio ambiente e tem práticas sustentáveis; 
  • vai ao encontro de pessoas, outras culturas e realidades; 
  • é um cidadão de seu país, mas também um cidadão do mundo; 
  • esforça-se para aprender, crescer e ser uma pessoa melhor a cada dia; 
  • compromete-se a viver os valores da Promessa e Lei Escoteira. 

O pioneiro, participa de uma fraternidade de quase 57 milhões de crianças, jovens e adultos, em todo o mundo; e, de um Movimento com mais de cem anos de história, pelo qual já passaram mais de 500 milhões de pessoas. Ser escoteiro e, no seu caso, Pioneiro ou Pioneira, é isso tudo e muito mais! Contudo, acreditamos que acima de todas essas definições, ser escoteiro é comprometer-se a viver de acordo com a Promessa e Lei Escoteira. Falaremos sobre ela mais adiante. 

“A vida é curta; parte dela é desperdiçada por pessoas que se deixam levar por uma vida vegetativa. Um pouco de andança por esse mundo magnífico, lhe dará essa abertura de espírito e esta disposição que desenvolve a alma das pessoas, a boa vontade e a paz no mundo.” (Baden-Powell, Aventuras Africanas)

Clã Pioneiro Tcherá-Tugarê

O Clã Pioneiro, no G. E. Bororos, foi fundado inicialmente em 1972 com o nome de Clã Vital Brasil e funcionou até 1974, com Heini Loeben e Danilo Timich entre os primeiros pioneiros. O primeiro Mestre PI foi Roberto Bauch.

Em 1980, o Clã foi refundado, com jovens de 18 a 21 anos, provenientes das Guias do N.B. Bororos e dos Sêniors do G.E. Bororos, sob o nome de Clã Tcherá-Tugarê e funciona até os dias de hoje. O primeiro Mestre-Pi foi o Pastor Carlos Moeller e fizeram parte do reinício do Clã, entre outros, Monica Vaders, Andre Dahmer, Heidi Ponge, Bruno Ponge Schmidt, Arianne Hofmann.

A origem do nome: As aldeias dos índios Bororo são divididas em dois grandes grupos que se arranjam dividindo simetricamente a aldeia. Os dois grupos são os “Tcherá” e os “Tugarê”, que por sua vez são subdivididos em clãs (famílias). Na mística dos Bororo os grupos Tcherá e Tugarê dividem as responsabilidades dentro das atividades sociais e religiosas. O Clã Tcherá-Tugarê é a primeira seção do G.E. Bororos que se propôs à coeducação, já em 1980, durante o III Mutirão Nacional em Angra dos Reis, sendo que desde o início houve uma associação da coeducação com as atividades dos Tcherá e dos Tugarê nas aldeias Bororo.